Suas patas tocavam o solo com delicadeza suficiente para que nenhum som fosse emitido de seus passos, um após o outro em uma harmonia singular. Repentinamente sua passada acelera e com destreza incomparavel executa um salto que o leva ao alto, no topo de um muro e sem interrupções, com igual maestria, caminha por sobre a estreita passarela.
Para um garoto que a tudo assistia, seus movimentos pareciam conter todos os segredos do universo.
Então um susurro invade sua mente.
- É o que desejas?
Sem pensar responde ainda com o olhar fixo no felino.
- Uhum...
.
...
Um diamante bruto, quando lapdado, tornar-se-á entediante rápidamente.
Reconstruindo o Caos
Ao percorrer a escuridão dominante, ao longe avistava-se algo difícil de definir; era necessário chegar mais perto. Então a imagem de uma caixa retangular de madeira situava-se acima da linha dos olhos, obrigando o observador a curvar levemente o pescoço. Era possível visualizar a existência de alguma coisa no topo deste objeto. Repentinamente, o objeto de madeira gira em torno de si enquanto que o observador o circunda-o na direção oposta. A madeira revela-se oca, em uma forma que lembra uma prateleira qualquer de uma estante.
Na extrema esquerda uma boneca movida a corda cuidadosamente posicionada como se estivesse repousando. Ao seu lado uma boneca de porcelana cujo rosto mudava lenta, porem constantemente, de cor, nunca estando com a mesma expressão. Mais a direita, uma boneca de pano, uma palhacinha, uma arlequina recostada no fundo com as pernas semiabertas, os braços ao longo do corpo e a cabeça pendida para frente. Percorrendo ainda mais o objeto com o olhar, uma marionete jogada, como se tivesse sido posta alí as pressas por alguém que a manipulava. Seguindo adiante, um fantoche sem vida alguma assim como a marionete, mas diferente das bonecas. E finalmente uma caixa de música, uma réplica de um armário de quatro portas, sendo as duas do centro ligeiramente maiores e em vidro, revelando uma bailarina dentro dele. Neste momento uma nova cavidade passa a formar-se abaixo da anterior. Com mais atenção e sem a distração dos objetos podia-se notar que as prateleiras eram esculpidas, rica e detalhadamente. Neste novo espaço um gato de pelúcia ganha forma situando-se na coluna oposta da boneca de corda. Mas falta analisar uma ultima coisa, algo que forçava o observador a elevar-se; a espada que descansava em um suporte em cima do que da estante.
O observador então vira-se. Neste instante Madelaine abre os olhos, sua corda move-se quase que imperceptivelmente e ela vê um vulto afastar-se.
- Quem está aí?
Nada.
- Criador?
O silêncio permanece.
.......
Em uma parte afastada da mesma escuridão o observador encontra-se com outro ser.
- Está tudo em ordem Mestre!
Com uma expressão de uma inefável satisfação em sua face o ser desaparece.
.
Na extrema esquerda uma boneca movida a corda cuidadosamente posicionada como se estivesse repousando. Ao seu lado uma boneca de porcelana cujo rosto mudava lenta, porem constantemente, de cor, nunca estando com a mesma expressão. Mais a direita, uma boneca de pano, uma palhacinha, uma arlequina recostada no fundo com as pernas semiabertas, os braços ao longo do corpo e a cabeça pendida para frente. Percorrendo ainda mais o objeto com o olhar, uma marionete jogada, como se tivesse sido posta alí as pressas por alguém que a manipulava. Seguindo adiante, um fantoche sem vida alguma assim como a marionete, mas diferente das bonecas. E finalmente uma caixa de música, uma réplica de um armário de quatro portas, sendo as duas do centro ligeiramente maiores e em vidro, revelando uma bailarina dentro dele. Neste momento uma nova cavidade passa a formar-se abaixo da anterior. Com mais atenção e sem a distração dos objetos podia-se notar que as prateleiras eram esculpidas, rica e detalhadamente. Neste novo espaço um gato de pelúcia ganha forma situando-se na coluna oposta da boneca de corda. Mas falta analisar uma ultima coisa, algo que forçava o observador a elevar-se; a espada que descansava em um suporte em cima do que da estante.
O observador então vira-se. Neste instante Madelaine abre os olhos, sua corda move-se quase que imperceptivelmente e ela vê um vulto afastar-se.
- Quem está aí?
Nada.
- Criador?
O silêncio permanece.
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Em uma parte afastada da mesma escuridão o observador encontra-se com outro ser.
- Está tudo em ordem Mestre!
Com uma expressão de uma inefável satisfação em sua face o ser desaparece.
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