...

Um diamante bruto, quando lapdado, tornar-se-á entediante rápidamente.

Castelo das Máscaras

Inúmeras gôndulas convergiam para um castelo isolado no centro de uma grande lagoa. A noite era densa e pouco via-se da lanterna das embarcações que seguiam lemtamente. Um a um os gondoleiros deixavam seu passageiro e retornavam. Os seres fantasiados pouco caminhavam até a entrada que dava acesso direto a um grande salão.

O badalar dos sinos da torre do relógio anunciam o inicio do baile e uma despretenciosa música toma conta do ambiente. Pouco a pouco, os seres que revelavam suas almas atraves de suas fantasias e contudo ocultavam suas identidades por de tras de uma máscara, deixavam-se levar pelas notas que imperceptivelmente tornavam-se enebriantes passando a conduzir os convidados ao seu bel-prazer.

Mas dois seres parecem ignorar a melodia que atingia seu ápce; e neste momento as duas almas mascaradas encontram-se, frente a frente. O tempo desacelerar enquanto as duas máscaras atraidas uma pela outra tocam-se. Simultaneamente o tempo para e por um infimo instante elas tornam-se identicas, transformam-se, unem-se.

- Com as vossas licenças.

Ao escutar estas palavras, a mascara que escondia a identidade de ambos eleva-se, revelandô-os. O tempo volta a transcorrer em sua velocidade habitual; os dois permanecem imóveis, olhando-se nos olhos, ignorados pelas notas musicais e pelos seres que deixavam-se levar por elas.


.

2 comentários:

  1. Máscaras da surpresa, da decepção, da ilusão, de tudo... Só uma coisa não pode usar máscara: A verdade!
    Bem metafórico esse conto!

    ResponderExcluir
  2. Então por qual motivo ela usa?

    O ruim da metáfora é que as pessoas em geral não entendem o que queremos dizer...ao mesmo tempo é o que me atrai nela, essa divergencia.

    ps.: tinha que comentar.

    ResponderExcluir

Meus codiais agradecimentos aos elogios e críticas acima contidos.